Venho apercebendo, através de diversos meios, que as pessoas em geral valorizam
muito mais os textos – crônicas, artigos, “essays”, entre outros, diga-se de
passagem – em detrimento da poesia. Isso é um absurdo, uma tolice, uma
blasfêmia inconcebível a qualquer amante das letras. As palavras de um texto são simplórias, desprovidas de qualquer subjetividade que as torne
interessantes ou instigantes.
Nos versos, isso muda. Simples palavras adquirem um número infinito de
significados e propósitos, que são determinados pelo contexto em que se insere
cada leitor.
Essa é a grande sacada da palavra versada; isso que a difere do simples
ser, e dá-lhe nova tipagem, causando enleio aos bons leitores que divagam
boquiabertos após uma boa rima.
A poesia é a vida do nosso planeta, o sangue do nosso corpo, os felizes
desencontros do nosso dia a dia. É como a música clássica, que, como arte magna
em seu meio, figura no topo da cadeia alimentar em termos de complexidade e capacidade
de emocionar. Tristemente, sua beleza é vista por poucos. Felizes poucos.
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