6 de jun. de 2013

Um absurdo descabido

Venho apercebendo, através de diversos meios, que as pessoas em geral valorizam muito mais os textos – crônicas, artigos, “essays”, entre outros, diga-se de passagem – em detrimento da poesia. Isso é um absurdo, uma tolice, uma blasfêmia inconcebível a qualquer amante das letras. As palavras de um texto são simplórias, desprovidas de qualquer subjetividade que as torne interessantes ou instigantes.

Nos versos, isso muda. Simples palavras adquirem um número infinito de significados e propósitos, que são determinados pelo contexto em que se insere cada leitor.

Essa é a grande sacada da palavra versada; isso que a difere do simples ser, e dá-lhe nova tipagem, causando enleio aos bons leitores que divagam boquiabertos após uma boa rima.


A poesia é a vida do nosso planeta, o sangue do nosso corpo, os felizes desencontros do nosso dia a dia. É como a música clássica, que, como arte magna em seu meio, figura no topo da cadeia alimentar em termos de complexidade e capacidade de emocionar. Tristemente, sua beleza é vista por poucos. Felizes poucos.

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