e mais uma vez vida segue
o poeta pobre descobre que morre
a cada sílaba, mas ainda escreve
oculto em seu propósito nobre
de continuar fiel às rimas
que sempre lhe foram fiéis:
organizando suas tintas
dessamassando seus papéis
e continuando a escrever poesia
que ninguém nunca vai ler
absorto na sua utopia
d'um amor que se faça valer
4 de mai. de 2014
30 de out. de 2013
Tristeza
Já dizia Mario Quintana:
“A vida é breve,
E o amor, mais breve ainda...”
Se a vida não for um romance,
Ela irá passar por passar...
Ao se tentar,
Vive-se um tênue relance
Um breve amar
Que rápido se esvai
Leviano, trai
e...
Sobra pouco
Sobra incerteza
Sobra solidão
Sobra tristeza
Pobre coração...
(Adendum: Hoje ocorreu a visualização número 1984 do meu blog. O mesmo nome do fantástico magnum opus de George Orwell.)
24 de set. de 2013
O coração ficou cinzento
Não há poesia que mude o sentir
E de nada adianta lutar em vão:
Não há nada que possa ferir
O pobre e indefeso coração
Mais do que as frias palavras
Sempre amargas
Que matam e morrem
E assim consomem
O que poderia ser amor
Mas que se transformou em dor
Assim sendo, não amou, e morreu
E o coração? A batalha perdeu...
Pois não há amor quando apenas um ama
É muito pra um só, que, então, o derrama...
... E transborda seu sentimento
Matando todo o contentamento...
E tratando com unguento
Um coração que ficou cinzento...
(Cinzento, sozinho e sonolento...)
(é a última poesia que postarei com métrica tão descomposta. Esse é um estilo que nunca me agradou. Hei de lapidar mais avidamente as próximas poesias a serem compartilhadas.)
14 de set. de 2013
Longínquo
Perto de ti, sou feliz
Longe, infeliz
Solidão que construí
Decisão que decidi
É tudo culpa minha
Sozinho nessa caminha
Desenhando uns desenhos
Fitando uns desenhos
Que pendem na parede
Que matam a tênue sede
De ficar longe de ti
De tanto pensar em ti
Vivendo sem andamento
Tu, apenas no pensamento
Sem muita certeza
Sem muita firmeza
Medo de quê? Pergunto
Eu sei – de ficar junto
Entendo que minhas súplicas
Tenham-se tornado múltiplas
Entendo esses teus medos
De criar novos segredos
Com alguém que a quer amar
E que não iria a desapontar
Que a faria feliz muito além
Contra tudo que provêm
Da alegria do amante derradeiro
Que vive um amor verdadeiro
Que vê nos olhos do seu amor
A razão pela qual lhe deu a flor
Que criou desde semente
Que aqueceu com a chama ardente
Da mais bela estrela cadente
Que colheu do céu benevolente
Com alguém
Que a faria feliz muito além
Contra tudo que provêm
Da alegria do amante derradeiro
Que vive um amor verdadeiro
Que vê nos olhos do seu amor
A razão pela qual lhe deu a flor
Que criou desde semente
Que aqueceu com a chama ardente
Da mais bela estrela cadente
Que colheu do céu benevolente
Com alguém
Que aguarda por alguém
Sozinho, sem ninguém...
1 de set. de 2013
Minha Vida
Minha vida não foi um romance...
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amar, não digas, que morro
De surpresa... de encanto... de medo...
Minha vida não foi um romance
Minha vida passou por passar
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.
Minha vida não foi um romance...
Pobre vida... passou sem enredo...
Glória a ti que me enches de vida
De surpresa, de encanto, de medo!
Minha vida não foi um romance...
Ai de mim... Já se ia acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso.. de um gesto.. um olhar...
Mario Quintana
(Segunda poesia de outros poetas que posto. Essa é, para mim, uma das melhores descrições da dor de amor que sente o amante desafortunado.)
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amar, não digas, que morro
De surpresa... de encanto... de medo...
Minha vida não foi um romance
Minha vida passou por passar
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.
Minha vida não foi um romance...
Pobre vida... passou sem enredo...
Glória a ti que me enches de vida
De surpresa, de encanto, de medo!
Minha vida não foi um romance...
Ai de mim... Já se ia acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso.. de um gesto.. um olhar...
Mario Quintana
(Segunda poesia de outros poetas que posto. Essa é, para mim, uma das melhores descrições da dor de amor que sente o amante desafortunado.)
31 de ago. de 2013
PT 3º - Então, desliguei...
Eu tentei discernir ...
Se ela iria chorar...
Sorri ao vê-la sorrir,
Não pude ignorar:
Que podia ter fim a dor
Desta realidade metafísica!
E tudo ganhou mais cor;
Os ventos ganharam mais música.
E, antes que fosse falar de amor...
Decidi que devia desligar...
Porque
era cedo. Precipitado.
Porque
era... De fato, amor.
Mas não era hora. Esperar.
Que
o poema fique guardado...Mas não era hora. Esperar.
20 de ago. de 2013
O nosso maestro
As coisas perderam a graça
As cores perderam a cor
Da carne, resta o osso
Do coração, meio amor
Das cores que antes via;
Restou-lhe o preto e branco.
Da vida que antes vivia;
Restou-lhe um livro e um banco;
Vivendo-se sem viver,
Morre-se pouco a pouco.
Neste agitado mar de emoção
Onde não há nada a se ver;
Afora esse maestro louco
Que se chama coração.15 de ago. de 2013
Estudo Para Piano, Op 10 Nº3, Fredérik Chopin
"[..]Ele estava estupefato, tanto com sua beleza quanto pelo fato
de terem abandonado totalmente a rota. Aquilo era suficiente para lhe demitirem
por justa causa. O que aquela mulher poderia pedir?!
-M-Mas...
Isso é errado... Estamos fora da rota, o Coordenador vai ligar e... E... –Ela
estava com o dedo indicador sobre os lábios, sibilando baixinho.
-Você
se importa com isso tudo? Com seu emprego? Com o velho porco que lhe mandou e
desmandou por anos da sua vida infeliz? Não somos escravos de ninguém. Vem,
Marcos. –Ele levantou do banco, e Natália o puxou pela mão. Ela o conduziu gentilmente até o parapeito do mirante, e lá ficaram por alguns instantes,
fitando as luzes da cidade e o céu estrelado.
-Você
devia ter trazido seu piano, Marcos. Queria ouvir Chopin à luz dessas estrelas.
Era um dos meus sonhos, para ser sincera. Alguém tocasse para mim.-Ela apertou
a mão dele, se aproximando. –Alguém que me mostrasse o significado de viver.
A
confusão que tomara os pensamentos do pobre homem se tornou indescritível, mas,
ao toque das mãos, tudo passou, e agora sentia como se uma velha amante lhe
dirigisse os mais belos versos.
-Queria
poder tê-lo aqui, Natália. Você poderia, então, ouvir minha Tristeza. –Disse,
referindo-se ao 10º estudo para piano de Chopin.
-Seria
um sonho. Você não sente nada? Aqui, nessa situação.
-Eu...
Não sei. Não sei. –Repetiu, envergonhando-se por suas dificuldades de dicção.
Ela
virou o rosto de maneira a olha-lo nos olhos. Ele sentiu, então, algo novo. Uma
velha barreira, que sempre permeou seu viver, acabara de cair: podia se
expressar livremente, aquém das experiências traumáticas de outrora. Podia ser ele mesmo, podia lhe falar abertamente.
-Tu
estas comigo, Marcos. Estou aqui para te fazer vivo outra vez. Para te fazer
sorrir nesse mar de águas turvas que é o viver. –Ela desviou os olhos, passando
a observar os arranha-céus a quilômetros de distância. –Sei que você sempre
sentiu falta de algo.[...]"
(caso alguém queria ler o conto completo, contate-me)
27 de jul. de 2013
Tomando café numa tarde de quinta
Ontem eu vivi um dos sonhos
Onde não haviam avarias...
Apenas tenros rostos risonhos
E o doce toque das mãos frias...
Agora como pão com presunto
E saboreio o café que minha mãe fez
E, entre suspiros, me pergunto
Se jogaremos truco outra vez...13 de jul. de 2013
Never trust a yellow bird
He never thought birds could send messages.
After some advices from a friend who used to take care of specially trained birds, he started to train his own bird. He went to the local park and started to throw some popcorns on the ground near the place he was planning to sit on. After two hours of endless waiting, he finally caught a bird the was about to fly with a little piece of popcorn.
He didn't knew what was the bird's genre, he only knew it was yellow. He went home visibly satisfied.
In the next day, he started trainning the bird. He tried to teach him to go from one place to another. It would be pretty easy, according to his bird-specialist friend. The only thing he would have to teach to the bird would be how to know where his wings are going to. He started with a simple route from the bedroom to the kitchen, using some popcorn as bait. At first it didn't went well, mostly because the bird wasn't wanting to fly. He tried using every kind of food as bait: rice, beans, bananas, french fries, Coke, and even a McBurger. The fucking bird didn't moved his wings a single inch. He decided to talk to the bird. He explained to the bird why did he choose him as a messenger. The bird seemed touched, and decided to colaborate.
The bird flew perfectly, from the bedroom to the kitchen.
After some weeks, the bird was finally able to fly from one house to another two blocks away. The guy decided that it was time. The bird was ready to follow his contend.
He wrote a letter with twenty and two lines. He had put all his feelings in the letter. It was meant to be read by his beloved girl. He doubled it as a tube, and attached it to the bird's right leg. Then, he told to the bird where he would have to go. The bird agreed, and made de promisse that would do the path exactly as described.
Some minutes after, the bird went out of the house and flew to his freedom.
The yellow bird didn't gave a fuck to the Guy's feels, all he wanted was to be free.
Thats how ended up the story: A free bird free-flying around again, a guy that never told his beloved girl how much he loved her, and a girl that would never knew how much someone has loved her.
After some advices from a friend who used to take care of specially trained birds, he started to train his own bird. He went to the local park and started to throw some popcorns on the ground near the place he was planning to sit on. After two hours of endless waiting, he finally caught a bird the was about to fly with a little piece of popcorn.
He didn't knew what was the bird's genre, he only knew it was yellow. He went home visibly satisfied.
In the next day, he started trainning the bird. He tried to teach him to go from one place to another. It would be pretty easy, according to his bird-specialist friend. The only thing he would have to teach to the bird would be how to know where his wings are going to. He started with a simple route from the bedroom to the kitchen, using some popcorn as bait. At first it didn't went well, mostly because the bird wasn't wanting to fly. He tried using every kind of food as bait: rice, beans, bananas, french fries, Coke, and even a McBurger. The fucking bird didn't moved his wings a single inch. He decided to talk to the bird. He explained to the bird why did he choose him as a messenger. The bird seemed touched, and decided to colaborate.
The bird flew perfectly, from the bedroom to the kitchen.
After some weeks, the bird was finally able to fly from one house to another two blocks away. The guy decided that it was time. The bird was ready to follow his contend.
He wrote a letter with twenty and two lines. He had put all his feelings in the letter. It was meant to be read by his beloved girl. He doubled it as a tube, and attached it to the bird's right leg. Then, he told to the bird where he would have to go. The bird agreed, and made de promisse that would do the path exactly as described.
Some minutes after, the bird went out of the house and flew to his freedom.
The yellow bird didn't gave a fuck to the Guy's feels, all he wanted was to be free.
Thats how ended up the story: A free bird free-flying around again, a guy that never told his beloved girl how much he loved her, and a girl that would never knew how much someone has loved her.
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