20 de ago. de 2013

O nosso maestro

As coisas perderam a graça
As cores perderam a cor
Da carne, resta o osso
Do coração, meio amor

Das cores que antes via;
Restou-lhe o preto e branco.
Da vida que antes vivia;
Restou-lhe um livro e um banco;

Vivendo-se sem viver,
Morre-se pouco a pouco.
Neste agitado mar de emoção
Onde não há nada a se ver;
Afora esse maestro louco
Que se chama coração.

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