14 de set. de 2013

Longínquo

Perto de ti, sou feliz
Longe, infeliz
Solidão que construí
Decisão que decidi
É tudo culpa minha
Sozinho nessa caminha
Desenhando uns desenhos
Fitando uns desenhos
Que pendem na parede
Que matam a tênue sede
De ficar longe de ti
De tanto pensar em ti
Vivendo sem andamento
Tu, apenas no pensamento
Sem muita certeza
Sem muita firmeza
Medo de quê? Pergunto
Eu sei – de ficar junto
Entendo que minhas súplicas
Tenham-se tornado múltiplas
Entendo esses teus medos
De criar novos segredos
Com alguém que a quer amar
E que não iria a desapontar
Que a faria feliz muito além
Contra tudo que provêm
Da alegria do amante derradeiro
Que vive um amor verdadeiro
Que vê nos olhos do seu amor
A razão pela qual lhe deu a flor
Que criou desde semente
Que aqueceu com a chama ardente
Da mais bela estrela cadente
Que colheu do céu benevolente

Com alguém
Que aguarda por alguém
Sozinho, sem ninguém...

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