27 de mai. de 2013

A poesia do poeta morto

Sem nada a fazer,
Sem nada a decidir,
Não pude descrever
O mais puro sentir.

Pois nada senti
Afora o desprazer
De nada decidir
E, assim, sofrer!

Confortando-me, morri;
Pois não pude lhe falar
Que nunca antes aprendi
As nuances do amar.

Continua-se, então,
Este eterno vestibular.
Questão por questão
Só me resta estudar.

Estudando como um zumbi,
Um dia hei de encontrar:
A definição do que senti -
E o significado desse tal “amar”.

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