É tão estranho pensar em futuro. O que estarei fazendo daqui a dez
anos? Quem nunca se perguntou algo do tipo?
Não se pode
predizer o destino, apenas sofrer na angústia de prever seu próprio futuro. Que
homem serei? Será que serei um poeta imerso num particular mundo dos sonhos? Ou
serei apenas mais um estereotípico homem moderno, daqueles musculosos, que
andam de BMW, leem Men’s Health e usam Tommy Hilfiger?
Não se pode
predizer o destino, apenas sentar e observar o passar do filme de nossas vidas.
Observar amigos se tornarem estranhos, estranhos se tornarem amigos. Chegar no
âmago de alguém, e descobrir que lá não tinha nada. Relembrar dos
acontecimentos que nos marcaram e para sempre estarão na memória do coletivo.
Enfim, não se pode
predizer o destino, e sim conviver com sua lacônica agonia.
Festejar a cada
fugaz alegria.
Acostumar-se a
sofrer calado, velejando em mares de tempestuosa incerteza.
Ao
compasso da tristeza, que, geometricamente, aumenta.
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