13 de mai. de 2012

Lendo Men's Health


                É tão estranho pensar em futuro. O que estarei fazendo daqui a dez anos? Quem nunca se perguntou algo do tipo?
                Não se pode predizer o destino, apenas sofrer na angústia de prever seu próprio futuro. Que homem serei? Será que serei um poeta imerso num particular mundo dos sonhos? Ou serei apenas mais um estereotípico homem moderno, daqueles musculosos, que andam de BMW, leem Men’s Health e usam Tommy Hilfiger?
             Não se pode predizer o destino, apenas sentar e observar o passar do filme de nossas vidas. Observar amigos se tornarem estranhos, estranhos se tornarem amigos. Chegar no âmago de alguém, e descobrir que lá não tinha nada. Relembrar dos acontecimentos que nos marcaram e para sempre estarão na memória do coletivo.
                Enfim, não se pode predizer o destino, e sim conviver com sua lacônica agonia.
                Festejar a cada fugaz alegria.
                Acostumar-se a sofrer calado, velejando em mares de tempestuosa incerteza.
                Ao compasso da tristeza, que, geometricamente, aumenta.

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