13 de mai. de 2012

Para sempre na lembrança!


 Não fale pouco!
Escreva bastante!
Faça-se de louco,
Vivendo adiante.

Deixe para trás!
Respire novo ar!
Vivendo em sagaz
Poema a brotar.

Pincele a esmo,
Sem esnobar,
Retratando o relento
Que um dia há de acabar.

Pois tudo é passageiro,
E passageiro que sou,
Caminho a passo ligeiro,
A olvidar o que passou.

Lendo Men's Health


                É tão estranho pensar em futuro. O que estarei fazendo daqui a dez anos? Quem nunca se perguntou algo do tipo?
                Não se pode predizer o destino, apenas sofrer na angústia de prever seu próprio futuro. Que homem serei? Será que serei um poeta imerso num particular mundo dos sonhos? Ou serei apenas mais um estereotípico homem moderno, daqueles musculosos, que andam de BMW, leem Men’s Health e usam Tommy Hilfiger?
             Não se pode predizer o destino, apenas sentar e observar o passar do filme de nossas vidas. Observar amigos se tornarem estranhos, estranhos se tornarem amigos. Chegar no âmago de alguém, e descobrir que lá não tinha nada. Relembrar dos acontecimentos que nos marcaram e para sempre estarão na memória do coletivo.
                Enfim, não se pode predizer o destino, e sim conviver com sua lacônica agonia.
                Festejar a cada fugaz alegria.
                Acostumar-se a sofrer calado, velejando em mares de tempestuosa incerteza.
                Ao compasso da tristeza, que, geometricamente, aumenta.

Soneto ao Homem Moderno

Ser homem de uma mulher só não!
Mas de muitas que revolvam tesão!
Por entre as vielas desta cidade,
Colher os louros de minha vaidade.

Não peno por cada coração que ceifei,
Pois após a batalha, os elos se somem.
E por mais que eu tenha tentado, atestei...
Que homem nasce para ser homem,

Sou um psicopata dos assumidões!
Vivendo a debulhar tenras lágrimas,
Dos jovens e desnudos corações.

Belo ao andar, brincando de amar.
Às luzes da noite que me aguardam,
Hei de desfilar, e, então, transar.