Então eu li isso: “Será
que é bom amar alguém que escreve melhor do que fala?”
É o meu caso. Sou
uma contradição constante, daqueles que se contradiz pelo anseio de ser aceito.
Tenho medo de ser rejeitado, de ser excluído, de ser posto na prateleira como
um mero objeto bonitinho e dispensável.
Me apaixono fácil,
por tudo aquilo que seja singelo e singular, contrariante e atípico.
Me apaixono fácil,
mas nem sempre demonstro.
Apenas venho para
esse cantinho recluso e escrevo.
Ponho sentimento
nestas palavrinhas, brutas, que após o trabalho do ourives reluzem. Sentimento
que aqui há de permanecer incrustado? Talvez, quase certamente, pois amar é
como andar de montanha russa, ou fazer cálculo de probabilidade: sempre haverão
altos e baixos, acertos e erros, sins e nãos, yins e yangs. A decepção que
sempre vem é um conceito relativo à individualidade de cada um. Não digo nunca
que me decepcionei, mas sim que criei demasiadas expectativas.
E depois?
Vim pra cá escrever
claro,
Entre lágrimas no teclado e noites no telhado,
A olhar as estrelas contemplando seu passado,
Escrevendo poesia ruim de versos mal-rimados,
Ouvindo o silêncio, seus acordes, seus suspiros.
Mas do que adianta
escrever, quando o que preciso é viver?
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