5 de jan. de 2012

Vai lá busão!



Pisa fundo motora,
Acelera essa latinha!
Pois já passa da hora
D’eu ver a amada minha.

Sei que estará lá!
Mão estendida, pronta pra embarcar,
E ao meu lado se sentará...
Nem que seja pra bater um papo, beijar, abraçar...!

Conte como foi seu dia
Que ficarei aqui observando
Por entre as imagens passantes à janela
A fina luz do crepúsculo, te iluminando.

Vai lá meu busão!
Vá! Nem que seja empurrando...
Só não deixe meu coração...
Aos prantos, aguardando.

Grãos de amor




Sofro por ti, que nem imaginas que a vejo.
Admiro-te quando andas, não imaginas quanto a almejo.
Assim decantam sozinhos os grãos de meu amor...
Em meio a esse esvoaçado mar de desejo.

Os tão importantes...



Venha, vamos caminhar.
Vou lhe contar como são fúteis.
Quando o tempo começar a mudar,
Notarão como são inúteis.

Trocam suas pilhagens;
Mudam suas leis;
Organizam suas viagens;
Vivem como reis.

Recolhem nosso soldo;
Trocam por caviar;
Riem-se de nosso esforço;
E voltam a tramar.

São eternos gozadores,
Munidos de assustadora cara de pau.
Repleto de temores,
De que, expostos, essa tramóia possa acabar mau.

Mas não se engane, oh não, somos todos culpados
Quando vemos e esquecemos
Fazemos o que devemos
Pra nada mudar.